Constantly looking forward to my next meal.
- adriana
- "-Can you tie a knot? - I can not knot! - You can not-knot? -Who's there? - Pooh!!! - Pooh who?"
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
A Boa Vida Segundo Hemingway
Ten items or Less
sábado, 16 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O Peso da Alma
Escolhemos seis pessoas e tentámos projectar a alma da cada um, representando a sua desmaterialização e prolongando-a “imaterialmente” até ao exterior onde assume um novo protagonismo, e encontra a sua validação, obtendo leituras superficiais que se traduzem no pulsar do real e que são no final catalizadoras de tudo o que pretendemos conjugar, a nossa realidade com a nossa alma, tornando ambas indissociáveis num processo que se abre à essência e compreensão do nosso próprio eu.
É preciso ter cuidado com as evidências e o senso comum. Os critérios de apreciação que aí radicam, resvalam facilmente para o imediatismo e para a superficialidade das apreciações individuais, das nossas acções, da nossa aparência, eloquência, maneira de vestir, de andar...deixando escapar dimensões da realidade bem mais profundas e significantes.
Concepções de universos não-miscíveis repartem-se em interpretações sobre uma realidade que quanto mais se aprofunda, mais teima em escapar à lógica dum sentido unificador e verdadeiro. E há inimagináveis maneiras de se tornearem as evidências, e falaciosamente mostrar apenas a realidade que se quer. Dessa maneira apenas tornamos as imagens superficiais. Estas colam-se na mente, e reduzem o imaginário dos outros. No final destepercurso encontramos o vazio, a ausência de valor e o lugar onde qualquer qualidade que temos, deixa de ter importância. Porém apesar de sermos infinitamente pequenos, podemos romper com os dogmas e questionar os obsoletos conceitos que nos querem impôr, reflectindo sobre a nossa profunda razão de ser e deixar transparecer isso mesmo.
Todas estas fotos permitiram um novo olhar sobre as seis pessoas figuradas neste trabalho. Creio que é atravessar o espelho. Subitamente, encontramo-nos no lado de lá, no meio das pessoas que nos permanecem familiares. Para além das pulsões, dos simulacros e ideias feitas de ausência, representamos e significamos sempre os nossos fantasmas, ideias e valores. Estes estão presentes nas nossas acções, nos nossos desejos de criar mundos ficcionados e principalmente nos nossos sonhos. É assim, que através dos mapas da nossa realidade, induzimos ao lugar do espírito, da essência e da alma. Por tudo isto, vale a pena pensar numa realidade que tem de se construir com grandeza, sagacidade, rigor, determinação, visão e muito sonho, o tal “que comanda a vida”.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Caramel
Para quem tem uma visão distorcida do Líbano. Bastante distante do preconceito normalmente concebido, a autora dedica o filme “à minha Beirute”, porque a realidade de Beirute não é a que vemos nas notícias, com a omnipresença de um Hezbollah e o conflito israelo-árabe a ensombrar cada minuto.
No seu dia-a-dia, homens e mulheres (é sobretudo sobre estas que o olhar estreante de Nadine Labaki, também protagonista, se foca) são obrigados a lidar com os seus dramas pessoais, pequenos mas não menos importantes que as questões globais que chegam até nós. Com humor, sensibilidade e genuinidade, o argumento de Labaki, Rodney El Haddad e Jihad Hojeily foca-se num círculo de mulheres que se junta em torno do salão de beleza ‘Si Belle’, em Beirute
Neste microcosmos feminino, sob a paleta de cores quentes e luz dourada da fotografia de Yves Sehnaoui, misturam-se culturas, idiomas e religiões sem que isso ponha em causa a amizade e o apoio incondicional destas mulheres umas às outras. Num mundo de homens elas vêem-se obrigadas a lidar com os seus problemas de formas dissimuladas. A subtileza da realização terá a ver com a sensibilidade de Labaki mas não menos com a sua cultura, e menos ainda com a capacidade dos homens dessa cultura assimilarem a verdade. Mas, vendo bem, talvez grande parte dos homens ocidentais sofram de uma incapacidade semelhante.
“Caramel”: o Oriente como um inesperado espelho.
Feira de Arte Contemporânea
O universo complexo e diversificado da comunicação de massas, compreende a vertente sociológica e semiológica, incorpora sistemas linguísticos, icónicos, simbólicos, o discurso por imagens. Permitindo múltiplas viagens e olhares, ampliam as dimensões do mundo mas ao mesmo tempo tornam-no dependente das sínteses do autor, da sua experiência e das influências que gere.
É assim que repensar a arte pressupõe um domínio critico com vários níveis de complexidade e competências disciplinares, que vão muito para além das formas, consubstanciando o domínio de todos os acontecimentos, enquadrando os espaços de vivência com as profundas leituras e apropriações intertextuais do lugar.