Constantly looking forward to my next meal.

Minha foto
"-Can you tie a knot? - I can not knot! - You can not-knot? -Who's there? - Pooh!!! - Pooh who?"

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


... da estranheza que há em mim!

A um livro que tanto me diz...


"Tinha um especial interesse em observar aqueles que o rodeavam. Levava uma vida suave, de afastamento, de entrega ao sonho. O Livro do Desassosego, não é dele, mas é ele próprio."


“Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao mundo e a toda a gente.”

"Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições."

"Porque eu sou do tamanho do que vejo, E não do tamanho da minha altura."

"Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém."

“Assim organizar a nossa vida que ela seja para os outros um mistério, que quem melhor nos conheça, apenas nos desconheça de mais perto que os outros.”

"Não me indigno, porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo, porque o silêncio é para os grandes. E eu não sou forte, nem nobre, nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor a minha ideia de os achar belos. Só lamento o não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos."

"Eu não sou pessimista, sou triste."

“Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje – tantas vezes e em tanto o contrário do que eu desejara.”


“Mudem-me os sonhos, mas não me tirem o dom de sonhar.”



Interacção com os sentidos






Devíamos ver a realidade como o ponto de chegada do nosso imaginário e simbolismo, que com a nossa interpretação, a partir de uma recodificação de sentidos, daríamos ao mundo novas hipóteses de leituras.



Interstícios do Sonho






Universo Sinfónico




A caminho da perfeição num devir mais ou menos ficcionado, surgiu a ideia da teoria das cordas para a unificação das teoria das quatro forças numa única, muito mais profunda.

Se as cordas descreviam a gravidade em proporções quânticas então teriam de ser o elo comum unificador das 4 forças: gravidade, força forte, força fraca e electro-magnética. Devemos reconhecer assim a existência de cordas em detrimento de pequenos pontos unitários. E em oposição aos mesmos, estas são maleáveis, transmutáveis e emitem vibrações. A maneira característica como vibram, dá às partículas as suas propriedades únicas como massa e carga

Apesar de sermos infinitamente pequenos, a diferença entre as cordas que nos formam ou as cordas que transmitem gravidade e outras forças é a forma como vibram, a composição destas oscilantes cordas faz com que possamos entender o universo como uma grande sinfonia cósmica e apesar de não haver nada que possa provar esta elegante ideia, não há nenhuma experiência que possa ser feita ou nenhuma observação que negue esta teoria, estando para todo o sempre segura.

sábado, 28 de novembro de 2009

Paisagens Mentais


A luz inscreve o domínio da matéria abstracta, é construtora e manipuladora de ideias. Denunciando os atributos do mundo das formas, a luz revela realidades que se manifestam através de diferentes tipos de relações e intensidades, jogando a sua ambivalência no duplo objectivo de iluminar e pôr em cena. Através da sua caracterização e proveniência, definem-se atributos do mundo visível e exploram-se as relações com as sombras, tirando partido de várias particularidades e expressões.

Pelas suas diferentes leituras simbólicas, tentei tirar máximo partido da luz, capaz de moldar as emoções, construindo sistemas de ilusão que se implantam sobre o visível. Presidindo assim ao enredo do sonho e conferindo uma dimensão poética, onde podemos reflectir sobre o sentido profundo e essencial, das mensagens que contêm, nas realidades que ajuda a revelar, das interacções que estabelecem e chegar ao lugar a partir de onde se projectam os sonhos.







Exercício da disciplina semestral Fotografia
"Paisagem Mental"
Professora Daniela Garcia






Exercício da disciplina semestral Fotografia
"Paisagem Mental"
Professora Daniela Garcia

Lixo












Exercício da disciplina semestral Tipografia II.
"Alfabeto Visual"
Professora Joana Lessa

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

What is there more to say?




" As modas passam, o estilo permanece..."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Malos Habitos



Pin hOle







A ver vamos o que vai sair daqui, mas pelo menos foi divertido fazê-la.

Essência





“Não sou nada.

Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

A Imortalidade





"A senhora poderia ter sessenta, sessenta e cinco anos. Eu olhava-a da minha espreguiçadeira, recostado diante da piscina de um clube de ginástica no último andar de um prédio moderno de onde se via Paris inteira através de imensas janelas envidraçadas. Esperava o professor Avenarius com quem me encontro ali de vez em quando para discutir umas coisas e outras. Mas o professor Avenarius não chegava e eu olhava a senhora; só, na piscina, imersa até a cintura, ela olhava o jovem professor de natação que, de roupão, em pé, um pouco acima de onde ela estava, dava-lhe uma aula. Obedecendo às suas ordens, ela apoiou-se na borda da piscina para inspirar e expirar profundamente. Fez isso seriamente, com zelo, e era como se das profundezas das águas se elevasse a voz de uma velha locomotiva a vapor. Olhava-a fascinado. O seu ar cómico pungente cativava-me (esse ar cómico, o professor de natação também percebia, pois os cantos dos seus lábios pareciam tremer a toda hora), mas alguém falou comigo e desviou a minha atenção. Pouco depois, quando quis voltar a observá-la, a aula havia terminado. Ela foi embora, de maiô, andando ao longo da piscina e quando já tinha ultrapassado o professor de natação aproximadamente uns quatro ou cinco metros, virou a cabeça para ele, sorriu, e fez um gesto com a mão. O meu coração apertou-se. Esse sorriso, esse gesto, eram de uma mulher de vinte anos! A sua mão tinha girado no ar com uma leveza encantadora. Como se, brincando, ela jogasse para o seu amante um balão colorido. Esse sorriso e esse gesto eram cheios de encanto, enquanto que o rosto e o corpo não o eram mais. Era o encanto de um gesto sufocado no não-encanto do corpo. Mas a mulher, mesmo que soubesse que já não era bonita, esqueceu isso naquele momento. Por uma certa parte de nós mesmos, vivemos todos além do tempo. Talvez só tomemos consciência da nossa idade em certos momentos excepcionais, sendo, na maior parte do tempo, uns sem-idade. Em todo caso, no momento em que se virou, sorriu e fez um gesto com a mão para o professor de natação (que não foi capaz de se conter e caiu na gargalhada), ela não tomava conhecimento da sua idade. Graças a este gesto, no espaço de um segundo, uma essência do seu encanto, que não dependia do tempo, revelava-se e encantava-me. Fiquei estranhamente comovido. E o nome Agnes surgiu no meu espírito. Agnes. Nunca conheci uma mulher com esse nome."

 

 

A Fotografia, a Vida e a Morte.




"Começou, então, a nascer a questão essencial: Reconheci-a eu?

À medida que ia vendo essas fotografias, por vezes reconhecia uma parte do seu rosto, uma certa relação entre o nariz e a testa, o movimento dos seus braços, das suas mãos. Eu só a reconhecia aos bocados, o que significa que não atingia o seu ser, e que, portanto, a perdia por completo. Não era ela, e, no entanto, não era qualquer outra pessoa. Tê-la-ia reconhecido entre milhares de outras mulheres, e, contudo, não a encontrava. Reconhecia-a diferencialmente, não essencialmente. As fotografias obrigavam-me, assim, a um trabalho doloroso; debruçado sobre a essência da sua identidade, eu debatia-me no meio de imagens parcialmente verdadeiras e, contudo, totalmente falsas. Dizer de uma foto “é quase ela!” era para mim mais doloroso do que dizer de uma outra: “não é nada ela”.

No fundo, uma foto parece-se com qualquer pessoa, excepto com quem ela representa. Porque a semelhança remete para a identidade do suspeito, coisa irrisória, puramente civil, penal até; ela apresenta-o “enquanto ele próprio”, e eu quero um sujeito “enquanto nele próprio”. A semelhança deixa-me instisfeito e como que céptico (é essa decepção triste que sinto diante de fotos vulgares da minha mãe – enquanto a única foto que me deu o deslumbramento da sua verdade foi precisamente uma foto perdida, antiga, que não se parece com ela, duma criança que eu não conheci)."

O Poder da Arte



"Até onde vai o poder da arte?

Poderá dar a mesma sensação do amor ou do sofrimento?

Pode mudar a nossa vida?

Pode mudar o mundo?




 

Olhem para este quadro, o que é que vêem um véu pendurado suspenso entre duas colunas, uma abertura que atrai ou nega a entrada, uma janela falsa? Para mim é um portal. Se alguns daqueles portais estão bloqueados, outros abrem-se para o espaço desconhecido de que Rothko falava. O lugar aonde só a arte pode levar-nos, para longe do ruído de interferência do momento e em direcção à música das esferas.

Tudo o Rothko fez a estes quadros, a forma tipo coluna mais sugerida do que desenhada, as manchas dispersas que  se destinavam a tornar a superfície ambígua, porosa, talvez suavemente penetrável. Um espaço que poderá ser donde viemos ou aquele onde iremos parar. Não se destinam a manter-nos de fora mas sim a abraçar-nos e isso de um artista para o qual o maior elogio era ser chamado de ser humano.

 

Poderá haver algo menos fixe do que este  do que esta sala no coração do Tate modern?

Mais longe do alvoroço da arte contemporânea, do corrupio frenético do agora?

Isto não tem que ver com o agora, tem que ver com o eterno.

É um lugar onde vimos para estar na penumbra e sentir a passagem das eras, para sermos levados até aos portões que dão para o limiar da eternidade, para sentirmos a pungência das nossas idas e vindas, das nossas entradas, das nossas saídas, dos nosso nascimento e mortes.

O ventre, o túmulo e tudo o que há entre os dois.

Poderá a arte ser mais completa, mais poderosa?

Eu acho que não."