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"-Can you tie a knot? - I can not knot! - You can not-knot? -Who's there? - Pooh!!! - Pooh who?"

domingo, 2 de maio de 2010

O Retrato de Dorian Gray



"O artista é o criador de coisas belas

Revelar a arte e ocultar o artista é o objectivo da arte.

o critico é aquele que sabe traduzir de outra maneira ou com material diferente a sua impressão das coisas belas.

A mais alta, assim como a mais baixa, forma de crítica é uma autobiografia.

Aqueles que encontram feias significações nas coisas belas são corruptos sem serem encantadores. É um defeito.

Aquele que encontram significações nas coisas belas são cultos. Para esses há esperança. São os eleitos, aqueles para quem as coisas belas significa apenas Beleza.


Não há livros morais nem imorais. Os livros são bem ou mal escritos. Nada mais.

A vida moral do homem faz parte do assunto do artista, mas a moralidade da arte concite no uso perfeito dum meio imperfeito. nenhum artista deseja provar o que quer que seja. Até as coisas verdadeiras se podem provar.

Nenhum artista tem simpatias éticas. Um simpatia ética num artista é um imperdoável maneirismo de estilo.

O artista nunca é mórbido. O artista pode exprimir tudo.

É o espectador, e não a vida, que a arte realmente reflecte.

A diversidade de opiniões sobre uma obra de arte, mostra que a obra é nova, complexa e vital.

Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.

Pode-se perdoar a um homem o fazer uma coisa útil, enquanto ele a não admira. A única desculpa que merece quem faz uma coisa inútil é admirá-la intensamente.

Toda a arte é absolutamente inútil."


"A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade. Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo. Naturalmente, o homem é caridoso. Dá de comer ao faminto, veste o maltrapilho. Mas a sua alma é que sofre fome e anda nua. A coragem abandonou a nossa raça. Talvez nunca a tenhamos tido. O temor da sociedade, que é a base da moral, e o temor de Deus, que é o segredo da religião... eis as duas coisas que nos governam. (Lorde Henry)

Posso ser solidário com tudo, menos com o sofrimento. Tenho-lhe aversão. O sofrimento é hediondo, horrível, desalentador. Nessa simpatia moderna pela dor, há qualquer coisa de mórbido. O que se deve estimular é a cor, o belo, a alegria de viver. Quanto menos se iludir às tristezas da vida, tanto melhor. (Lorde Henry)

Sempre há um quê de ridículo nas emoções das criaturas que deixamos de amar. (Oscar Wilde)

Possivelmente, nunca parecemos tão à vontade como quando temos de representar um papel. (Oscar Wilde)

O amor vive de repetição; e a repetição converte o apetite em arte. Ademais, toda vez que amamos, é o único amor da nossa vida. A diferença de objeto não altera a unidade da paixão. Intensifica-a, simplesmente. Cada um de nós tem, na existência, no mínimo uma grande aventura. O segredo da vida é reeditar essa aventura sempre que possível. (Lorde Henry)

As coisas de que temos certeza absoluta jamais são reais. (Lorde Henry)

(...) De resto, o que mais lhe doía não era a morte de Basil [Hallward] - era a morte, em vida, da sua alma. (Oscar Wilde)"